Durante a 8ª edição do Enetec (Encontro Nacional de Educação Tecnológica), realizada nesta sexta-feira (21/10) em Presidente Prudente, foi promovida a Mesa Redonda ‘Formas de Combate ao Aedes aegypti’.

De acordo com o organizador do evento e mediador da atividade, Celso Tatizana, a mesa redonda reuniu os maiores especialistas de combate ao Aedes do Brasil. “Eles mostraram formas alternativas de combate ao mosquito, pois a eliminação do criadouro não tem sido suficiente. O objetivo é conter o mosquito na região do Oeste Paulista e diminuir o ritmo alarmante do crescimento das doenças transmitidas por eles”, destacou.

Segundo o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, que é coordenador da Defesa Civil de São Paulo, o Estado conta com três ações. São elas: mobilização e combate a dengue; atendimento a saúde; e educação e tecnologia. “Agora começa o estágio mais crítico, por isso, antecipadamente, começamos a trabalhar. A Defesa Civil tem feito salas e encontros regionais para operação verão e já está falando a respeito. Vamos retomar tudo que foi feito e melhorar ainda mais”, disse.

Conforme Oliveira, mais de 85% do problema é resolvido com ação mecânica, ou seja, “com a pessoa virando um copo ou uma tampinha que tem água, não deixando criar o foco”. “A gente não descarta nada, todas as iniciativas são importantes e interessantes e devem ser levadas a frente. Mas a participação das pessoas, o conhecimento de que a doença pode matar, é importantíssimo”, ressaltou.

Um dos participantes da mesa redonda, o doutor Álvaro Eduardo Eiras, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que abordou o ‘Monitoramento do Aedes aegypti e das Doenças Associadas Utilizando Armadilhas de Captura de Insetos’, apresentou a armadilha que é capaz de capturar o Aedes para que haja conhecimento de onde se encontra a população em alta do inseto para que seja feito o controle.

“Temos demonstrado que isso tem reduzido à transmissão de dengue. A tecnologia é incorporada dentro dos programas de controle da dengue. Ela [a armadilha] não é a salvação, mas é complementar a todas as tecnologias e metodologias utilizadas para o controle do vetor e tem demonstrado eficiência, porque consegue verificar em tempo real onde estão às populações do mosquito infectadas ou não”, disse Eiras.

O coronel abordou também a produção da vacina contra a dengue. Segundo ele, a mesma se encontra na terceira fase. A primeira foi realizada nos Estados Unidos, onde a vacina foi aprovada. A segunda em 900 pessoas no Brasil por universidades, sendo que também recebeu aprovação. E a terceira segue em andamento, já que a dose deve ser aplicada em 17 mil pessoas de todas as regiões do Brasil em três faixas etárias: dos 2 aos 6, dos 7 aos 17 e dos 18 aos 59.

“A vacina precisa de todo acompanhamento cientifico e técnico para dar maior segurança possível. Tão logo tenhamos todos os resultados e aprovação de todos os órgãos de controle, será colocada a disposição da população. Ela, além de ser diferente da francesa por ser em dose única e a francesa em dose tripla, é tetravalente”, acrescentou Oliveira.

Para a coordenadora da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), Vânia Maria Alves Silva, eventos como o de hoje são importantes para Prudente, uma vez que trazem situações que em algumas cidades já são aplicadas. “Mas vale lembrar que seguimos as normas do Ministério da Saúde e as normas da Secretaria Estadual de Saúde. Se em algum momento essas experiências estiverem inseridas nesses órgãos, é lógico que o Município também realizará”, concluiu.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação