O empresário e provedor da Santa Casa, Francelino de Souza Magalhães, diz que Presidente Prudente chega aos 93 anos – no dia 14 deste mês – em franca expansão e que a postura política da administração municipal tem contribuído em muito com o avanço experimentado pela cidade. Leia:

Presidente Prudente chega aos 93 anos e existe o que comemorar, do seu ponto de vista?

Claro que existe, mesmo porque somos prudentinos, somos radicados aqui, nascemos aqui, fizemos o nosso 1º e 2º ano primário no Arruda Mello. Nós saímos do Arruda Mello em fila indiana para estudar no porão da Catedral, tinha três ou quatro salas ali primárias porque na escola não tinha vagas nas salas de aula. Saímos daqui, fomos para Sandovalina e voltamos com 12 ou 13 anos. Com 14, 15 anos meu pai me arrumou um emprego na Brasimac, lá com o senhor José Fernandes. Então, porque estou falando isso? Porque nossa cidade é uma cidade acolhedora, uma cidade de amizade, onde as instituições e as entidades funcionam e funcionam bem. Quem vem para cá, acha nossa cidade progressista, uma cidade moderna, limpa, que conta com um bom comércio, industrias diversificadas, boas escolas, boa rede hospitalar, incluindo a Santa Casa, onde somos provedor, que está se modernizando, ampliando, comprando novos aparelhos. Então, esse leque de serviços que a população e as nossas autoridades que trabalham faz com que nos tenhamos muita alegria de sermos prudentinos e convivermos aqui na nossa cidade.

O que é a Santa Casa hoje em termos de estrutura e de prestação de serviços médicos e ambulatoriais? De preferência em termos de números...

A Santa Casa tem mais de 700 funcionários diretos. No corpo clinico são mais de 200 profissionais; fora os fornecedores. A Santa Casa está passando por um processo de modernização. Há cinco anos assumimos a provedoria com dívida, com falta de crédito, falta de investimento... De uma maneira ou de outra colocamos aqui a nossa mentalidade, o que aprendemos na vida como representante comercial e empresário há 31 anos. Reescalonamos as dívidas e hoje posso dizer que modernizamos a UTI geral, a UTI Coronariana que entregamos há três anos, que é de primeiro mundo, a UTI Pediátrica que funciona há dois anos, nosso setor de hemodiálise que está em processo de reforma e ampliação (até o final do ano inauguramos), laboratório 24h, ultra-sonografia 24... Até neste mês de setembro vamos entregar o que chamamos agora de esqueleto e que não é mais esqueleto, portanto o ex-esqueleto daquele prédio inacabado ali na Donato Armelin ,ao lado do Instituto do Coração. Nós conseguimos verba de 1 R$ milhão do Governo do Estado e agora vamos entregar um moderno Centro de Atendimento em Urologia, Colonoscopia e Pequenas Cirurgias; mesmo porque, com a cidade crescendo e a região crescendo, nós vamos construir mais 32 apartamentos.

Qual a importância da Santa Casa para Presidente Prudente?

A Santa Casa é a primeira empresa de Presidente Prudente em atividades. Ela é de 1929. A Santa Casa é uma empresa que presta serviços de saúde, que recolhe fundo de garantia, INSS, 13°, paga funcionários, corpo clinico e paga o fornecedor. Então, é uma empresa que presta serviço. É a pioneira em Prudente em atividades até hoje. É um símbolo de Prudente. Nós, inclusive, queremos deixar os nossos agradecimentos às autoridades, ao executivo prudentino na pessoa do Milton Carlos de Mello, o “Tupã”. Recentemente ele esteve aqui conosco, visitando. Mostramos para ele o que é a Santa Casa. Está colaborando conosco e estou vendo na sua administração um diálogo com todos os segmentos da nossa cidade. Só assim nós vamos construir uma cidade sólida, sem rancores, sem inimizade, pensando no progresso.

Como o senhor analisa o momento político e sócio-econômico vivido por Prudente?

O nosso momento econômico é bom. Estamos recebendo investimentos em nível de comércio; mais comércio do que indústria. Estamos numa fase boa, de grandeza, mas ainda não tanto quanto as regiões mais perto de São Paulo. Ficamos a 550 km da capital. Então, temos essa dificuldade de atrair grandes empresas, mas aí precisa a união de todos, das autoridades em nível de executivo da nossa região para fazer não só a grandeza de Presidente Prudente. Se montarmos uma usina de álcool em Epitácio ou Sandovalina, Pirapó ou Marabá, que gera emprego, que dá carteira assinada, que recolhe impostos, Prudente e a região vão crescer mais, porque aqui é o grande centro de serviço. Então, temos aqui de Presidente Prudente a Rosana, mais de 200 km, e dá para colocar mais umas 5, 6, 7, 8 usinas de álcool aqui na nossa região ou também o reflorestamento, com eucalipto ou seringueiras, Enfim, dá para nós diversificarmos a nossa produção e conseqüentemente Prudente crescerá mais. Se as outras regiões crescem, é uma questão de planejamento. (foto Marcos Santos)

Fonte: Secretaria de Comunicação