Com o objetivo de aprimorar o atendimento realizado pelos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) das cidades que integram o Movimento Fórum Territorial dos Creas da Região de Presidente Prudente, lideranças se reuniram nessa terça-feira (10/01) no primeiro encontro para planejar ações de 2012. Entre as discussões, esteve a padronização dos procedimentos no serviço. O movimento, que existe há cinco anos, é inédito no Brasil. Conforme a coordenadora do Creas em Prudente, e este ano atua também como coordenadora do Fórum, Simone Duran Martinez, o principal objetivo da ação é contribuir com os profissionais do Sistema Único de Assistência Social (Suas), já que esses trabalhadores lidam com situações de violência diariamente. “São pessoas que sofrem um impacto mental muito forte, e que precisam de um grupo de apoio para desabafar e trocar experiências. O Fórum vem com esse propósito. A cada dois meses nos encontramos para conversar sobre as diversas situações, e uma vez por ano realizamos o encontro público”, explica.
Além de Prudente, também integram o movimento, Euclides da Cunha Paulista, Martinópolis, Álvares Machado, Santo Anastácio e Presidente Venceslau. Em relação à padronização do serviço, a coordenadora explica que a ideia é criar procedimentos que sejam referência aos técnicos dos Creas no momento em que eles receberem pessoas vítimas de violência. “A proposta é que os profissionais saibam como agir em cada caso. Desta forma, o técnico saberá quais são os procedimentos básicos referentes a encaminhamentos e orientações”, explana.
Para colocar em prática a proposta, durante a reunião nessa terça-feira, foram criados quatro grupos que irão discutir os procedimentos básicos no atendimento a violência contra criança e adolescente, mulheres, idosos, e medidas Socioeducativas, Liberdade Assistida e Prestação de Serviços a Comunidade, para menores infratores. “Cada grupo ficou encarregado por um determinado tema. A previsão é que ainda neste semestre o levantamento dos procedimentos básicos, como ações legais, fluxo de atendimento, e orientações necessárias para usuários do serviço, sejam concluídas. Já no segundo semestre iremos divulgar o resultado a todos os técnicos. E no 3º Encontro, que ocorrerá em novembro, às propostas serão apresentadas publicamente”, salienta.
Martinez enfatiza que a padronização não será fixa, servirá apenas de referência para os técnicos dos Creas. “A sistematização do trabalho irá facilitar a atuação dos profissionais. Eles saberão o tipo de atendimento e encaminhamento para cada situação. Como, por exemplo, para o atendimento de uma criança vítima de violência sexual, o profissional terá base em relação aos primeiros procedimentos. Com isso, a proposta é garantir a qualidade e eficácia nos primeiros atendimentos”, finaliza.
Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação