A segunda terça-feira de dezembro de 2011 (13/12) vai entrar para história de Presidente Prudente. É que um dos locais turísticos mais frequentados pelos prudentinos, a Cidade da Criança, passa a contar com mais um atrativo que entrará em funcionamento nesta resta final de 2011. Trata-se do parque aquático, que após uma década em construção, finalmente será inaugurado pelo prefeito Milton Carlos de Mello ‘Tupã’ (PTB) e pelo vice-prefeito Marcos Vinha (PT). Iniciado em 2001 na gestão do então prefeito Agripino de Oliveira Lima Filho, o projeto é aguardado com ansiedade e entusiasmo pelos anfitriões. O compromisso de fazer valer o sonho do ex-chefe do Executivo foi reassumido pela atual gestão no fim de 2009, quando a conclusão da obra, parada até então, foi relançada para ser finalizada. Para tal, segundo o secretário municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seplan), Laércio Batista de Alcântara, foram investidos aproximadamente R$ 6 milhões. Deste total, ainda segundo o chefe da Seplan, R$ 3,5 milhões foram injetados somente na aquisição de equipamentos.
A solenidade de inauguração, que é preparada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo com suporte de outras pastas municipais, será amanhã, a partir das 20h. Além do atual chefe do Executivo e do vice-prefeito, secretários municipais, representantes de instituições e convidados devem participar. Neste primeiro momento, conforme já revelado pelo Instituto de Gestão de Projetos do Noroeste Paulista (Gepron) – organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), responsável pelo gerenciamento da Cidade da Criança –, o parque já entrará em funcionamento, funcionando inicialmente com 20% de sua capacidade de atendimento. A medida foi tomada dessa maneira porque segundo o diretor do Gepron, o gerenciador Adolfo Padilha, é uma forma dos cerca de 60 funcionários que inicialmente trabalharão lá, se precaverem com relação ao dia a dia da operação. “Só após isso iremos aumentando nossa capacidade gradativamente”, explicou recentemente, ressaltando que neste primeiro momento, o parque aquático funcionará de terça a domingo, das 10h às 19h.
O projeto do parque aquático é de autoria do arquiteto Maurício Fernandes, funcionário da Seplan e responsável por arquitetar também as obras de revitalização e modernização do Calçadão da Maffei, inauguradas recentemente pelo prefeito Tupã. Trabalhando na máquina pública desde a década de 90, ele considera a do parque aquático como a mais complexa no seu currículo. Lembra que quando começou a desenhá-la, em 2001, o trabalho no papel demandou exatamente seis meses. “Na época, eu era funcionário da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Desde lá, venho acompanhando todo o processo da obra que nunca ficou parada. Quando não havia obra propriamente dita, havia equipe de manutenção no local. Nesses 10 anos, o projeto teve algumas alterações por questões estruturais e técnicas, mas a obra foi executada exatamente como planejada no início”, ressalta.
No total, lembra ele, a execução da obra na Cidade da Criança foi acompanhada por seis engenheiros, sendo eles Ângelo Picchioni, Flávio Faria, Osvaldo Galles Júnior, Laércio Martins, Gilmar Ribeiro da Silva e Luiz Abel Gomes Brondi, hoje secretário municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública (Semav). Este último foi o que acompanhou a obra por mais tempo, mais de cinco anos segundo Fernandes. Só não mais que o mestre de obras Salvador Gonçalves Barbosa, que se dedicou ao parque desde quando começou a ser concretizado na prática até sua a reta final.
“Eu era engenheiro da Prudenco [Companhia Prudentina de Desenvolvimento] quando passei acompanhar o trabalho no local. Na época, estava tudo na fase inicial. E nesses anos todos, desenvolvemos o projeto de infraestrura que não tinha. Também executamos todas as obras das edificações existentes, o que incluí piscinas, edificações na área administrativa, além de vestiário e praça de alimentação”, relembra Brondi. Enquanto engenheiro, o chefe da Semav garante: gostou do resultado final. “A obra ficou da forma tal qual foi planejada e sonhada pelo ex-prefeito Agripino Lima, mesmo tendo intempéries, conflitos e obstáculos no caminho. Todos esses desafios foram vencidos nos últimos anos graças a uma equipe competente liderada pelo prefeito Tupã”, elogia.
O andamento dos trabalhos no complexo também foi supervisionado pelo secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Alfredo José Penha. Segundo ele, desde que atual administração assumiu a conclusão do parque, mais de 500 pessoas, entre representantes de empresas contratadas, da Prefeitura e até mesmo da Gepron, passaram por lá e deram sua parcela de contribuição para que o projeto audacioso fosse findado com sucesso. “Por todas as características técnicas da obra, tratava-se de algo que a Prefeitura não estava acostumada e nem mesmo habituada a fazer. Foi um desafio para toda a administração porque era uma situação diferente e por isso complicada de lidar. Mas no final deu certo e para aprender bastante também”, confessa.
Conforme o arquiteto, a área onde foi implantado o parque aquático tem 59.693 metros quadrados (m2). O complexo é formado por um conjunto de 11 piscinas, incluindo o canal de boia (rio lento) que tem 402 metros lineares e que margeia praticamente toda a extensão do local. No total, são cerca de 9 milhões de litros d’água, sendo que em algumas piscinas foram instalados os sistemas de propulsão de ondas e de filtragem.
A grande atração deve ser a piscina de ondas, com capacidade para 50 mil litros d’água. Para que as ondulações sejam reproduzidas artificialmente e alcancem altura de 90 centímetros, ela conta com três turbinas com motor de 60 cavalos-vapor (cv) cada, que funcionarão numa tensão de 380 volts trifásico para reproduzirem o movimento. Em conjunto com as turbinas, entrará em operação também um compreensor de 40 pés, responsável pelo fornecimento do ar comprimido para o movimento das válvulas pneumáticas. São estas válvulas que farão a compressão na água para formação das ondas num intervalo de 1,25 segundos.
O toboágua de 23 metros de altura é outro atrativo que deverá ser um dos mais disputados pelos banhistas. Ele é firmado por quatro pistas (escorregadores), sendo dois circulares fechados, um kamikaze (que simula queda livre) e um Free Fall (com ondulações no percurso). A área em que fica o parque aquático tem ainda sanitários, vestiários, praça de alimentação e playground.
Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação