A torcida era dos pais e a responsabilidade de gente grande. Tanto que mesmo antes de entrar em campo, valia até sinal da cruz para atrair a vitória ou um bom desempenho durante os 50 minutos de jogo. Foi assim, em clima de final de um campeonato qualquer, que garotos prudentinos entre 10 e 12 anos pisaram no gramado do campo de grama sintética do Parque do Povo, na manhã deste sábado (26/02), em Presidente Prudente, para uma partida de confraternização e integração. De um lado, os comandados do Aparecido Manoel da Silva, o “Seu Cido”, funcionário da Cidade da Criança que coordena o projeto de futebol desenvolvido no local. Do outro, os alunos do professor da Secretaria Municipal de Esportes (Semepp), José Sidney da Silva, o Ney, representando a pasta. No final, vitória de 8 a 0 para o time de colete azul representado a categoria dentinho da Semepp.

O jogo que reuniu meninos que sonham em um dia ser jogador de futebol profisisonal teve como principal objetivo promover a integração entre estes pequenos que usufruem o campo de futebol do Parque Ecológico Cidade Criança – a maioria dos distritos de Montalvão e Floresta do Sul – e as que aprendem a modalidade na escolinha da Semepp. “Apesar do resultado, o jogo foi bom porque muitos meninos do distrito acabaram mostrando para o Ney o talento que têm dentro de campo. E é isso. Às vezes esses ‘olheiros’ deparam com talentos escondidos que precisam apenas ser ‘lapidados’ para futuramente terem a chance de serem despontados profissionalmente”, analisa o coordenador de eventos da Cidade da Criança, José Carlos Vieira ‘Quinha’, que fez questão de acompanhar o jogo apitado por Luiz Carlos Djalma que na década de 60 defendeu o Corinthians na função de zagueiro titular.

Nesta manhã, enquanto os meninos davam show de bola dentro das quatro linhas, os pais de alguns deles agitavam o local com gritos de incentivo na torcida. É o caso da moradora do Ana Jacinta, Lucielle Andréa de Souza Mendes, que torcia pelo filhão Matheus Felipe, de 11 anos, camisa 16 do time da Semepp. “A gente vem para dar uma força mesmo, torcer com unhas e garras já que o futebol é o maior sonho do meu filho. Tanto que até apelidado de Robinho pelos colegas ele já foi”, conta orgulhosa. “Esses dias mesmo ligou um menino em casa e me perguntou: ‘o robinho está aí?’. Daí eu disse assim: ‘aqui não existe nenhum robinho não’. Aí o amigo dele disse: ‘É a mãe dele quem está falando, a mãe do Matheus?’. Só depois disso descobri que ele tem mesmo talento para jogar bola”, completa sorridente.

Moradora do Maré Mansa, a mãe do pequeno Andrei Irineu Silva Oliveira, 10 anos, também torcia pelo time da Semepp onde o garoto joga. Ao ser entrevistada pela Secretaria Municipal de Comunicação, fez questão de ressaltar o orgulho que sentia naquele momento, bem como a importância que o esporte tem na vida das crianças, sobretudo na do filho. “A gente se sente muito feliz porque sabe que o esporte na vida da criança é tudo para que ela não opte por meios ruins”, destaca. “O Andrei puxou o pai que já foi jogador, tanto que aos quatro anos de idade já jogava futebol”, encerra. (Foto – Marcos Sanches)

Fonte: Secretaria de Comunicação