O temporal que atingiu Presidente Prudente no início da noite dessa terça-feira (25/01) durou cerca de uma hora. Neste período, segundo o climatologista e supervisor da Estação Meteorológica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Tadeu Tomazelli, foram registrados aproximadamente 44 milímetros de chuva, quantidade equivalente a 20% do total previsto para todo o mês de janeiro, cuja média varia entre 200 e 210 milímetros. Já as rajadas de vento, adianta ele, atingiram 60 quilômetros por hora. Esses números, somados a combinação vento e chuva ajudam a explicar o porquê estragos e prejuízos foram causados em várias regiões da cidade. Quedas de árvores, fiação elétrica dependurada em alguns pontos, buracos em alguns pontos isolados e até mesmo na Praça do Bacarin, além de queda de outdoors eram as cenas mais comuns de se ver nas ruas na manhã desta quarta-feira (26).

No Jardim Maracanã, próximo a Igreja Assembléia de Deus, árvores não suportaram a força do vento e vieram ao chão. Por conta da queda, a fiação elétrica no local ficou dependurada e moradores que residem próximos dali ficaram sem energia. A cena de destruição foi comum também no Parque Higienópolis, onde diversas árvores também não resistiram à força do temporal. Para promover a limpeza imediata no local e liberar os trechos prejudicados para o tráfego de veículos, a Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco), juntamente com equipes do Horto Florestal – departamento vinculado a Secretaria Municipal do Meio Ambiente – priorizou uma força-tarefa para remoção das árvores.

Segundo o encarregado pela coleta de lixo no município, José Amarildo Rubini, a previsão é de que esse trabalho que também vai percorrer ao longo do dia outras localidades atingidas, seja concluído até o fim da tarde. “Para dar conta, colocamos três caminhões de prontidão na rua com três funcionários cada. Além disso, estamos tendo o apoio também de três equipes do Horto”, conta.

No canal do Córrego Maracanã, o volume da água foi tão grande que por onde a correnteza passou deixou rastros. Por causa da elevação da água, o mato no entorno ficou todo retorcido. O Parque do Povo mais uma vez voltou a sofrer com as alagações, mas logo que as chuvas cessaram o acumulado de água na área foi abaixando gradativamente.

Na Praça do Bacarin, altura da Vila Estádio, um buraco foi aberto ao lado do muro da casa da moradora Adélia de Mendonça Gomes, de 61 anos. Ela conta que a cratera começou a se formar com as chuvas do sábado passado (22), vindo aumentar consideravelmente ontem durante o temporal. “Há mais de 50 anos moro aqui. Atrás da minha casa existe uma galeria que toda vez que chove forte acaba prejudicando a edificação. Desta vez não foi diferente. Logo liguei para o Alfredo Penha [secretário de Obras e Serviços Públicos] que veio até aqui, verificou a situação e se prontificou de arrumá-lo”, revela. “Foi horrível, porque vi a água sendo jorrada pelas paredes da minha casa e eu não podia fazer nada, até porque meu marido [Carlos Gomes, 58 anos] está operado. Meus vizinhos que vieram me ajudar a tirar os móveis e eletrodomésticos da parede onde isso ocorreu”, encerra.

Na manhã desta quarta-feira, o prefeito Milton Carlos de Mello ‘Tupã’ (PTB) garantiu durante coletiva de imprensa que todas as secretarias municipais já tomaram ciência dos estragos e que desde as primeiras horas de hoje já acionaram suas equipes para trabalhar na solução dos problemas gerados. (Fotos – Marcos Sanches)

Fonte: SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO