A programação do sexto dia do Salão do Livro foi marcada por momentos de descontração e conhecimento no bate-papo realizado na tarde desta quarta-feira (9/11) no Papo de Autor. O espaço foi montado no Centro de Evento IBC com auditório para acomodar cerca de 200 visitantes, entre estudantes, professores e o público geral interessado. A atividade contou com a ilustre participação do escritor e ilustrador paulista Ricardo Azedo, que é autor de mais de 100 obras direcionadas as crianças e aos jovens. Ele veio de São Paulo especialmente para participar do maior evento literário do Oeste Paulista. O convidado foi recebido com homenagens promovidas por alunos da Emeif de Espigão, distrito de Regente Feijó, que entregaram flores e cartas ao autor.

“Os alunos trabalham desde o início do ano com as obras do escritor . A homenagem foi motivada pela admiração que os alunos têm em relação ao autor, muitos tinham essa curiosidade de conhecer o escritor Ricardo Azevedo”, revela a professora Juliana Motoyama. Segundo ela, “o autor possui obras que prendem a atenção das crianças, com a utilização de elementos e linguagens que despertam a atenção dos alunos”. Para o escritor Ricardo Azevedo, o contato entre o escritor e o público proporcionado pelo Salão do Livro é importante para humanização da literatura.

“Para o leitor é importante para perceber que o escritor é um ser humano com os mesmos sentimentos”, ressalta Azevedo. No bate-papo o autor revelou que na infância era um estudante distraído, no entanto, sempre tirava boas notas especialmente em redação. Na oportunidade, ele aconselhou os alunos, “não é proibido inventar, vocês tem mil ideias na cabeça, vocês podem inventar o que quiserem”. Ele destacou que para alcançar o êxito a característica principal para escrever bem é soltar a imaginação e a criatividade. “As escolas trazem informações técnicas, mas não ensinam sobre sentimentos como a morte ou o amor”, enfatizou.

“São sentimentos que nos unem e nos tornam iguais e ao mesmo tempo fazem com que todos estejam em busca do autoconhecimento”, comentou o escritor. Para Azevedo a literatura trata de assuntos e sentimentos que ninguém pode ensinar. “As pessoas lêem para ter um instrumento que possa ajudá-la a se conhecer melhor e a refletir sobre a vida”, destaca o escritor. Durante o bate-papo o autor revelou que gostava de desenhar na infância, no entanto, não tinha facilidade, sendo que a técnica foi alcançada com o trabalho.

No final do bate-papo, o escritor revelou que “prefere os livros de estética do que os livros de teorias literárias. Ele também revelou que através da experiência como redator publicitário aprendeu a usar as palavras. No encerramento da atividade o escritor destacou que a obra mais importante destes 32 anos de trabalho na literatura foi à publicação do primeiro livro ‘O Peixe que podia cantar’, foi quando ele descobriu o talento para escrever. O escritor finalizou aconselhando: “perceber que somos todos iguais só irá fazer com que as pessoas se aproximem mais uma das outras”.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação