Em alusão ao dia “Dia Nacional da Luta Antimanicomial” que ocorre no dia 18 de maio, a Supervisão de Saúde Mental realizou na última sexta (09), na Inova Prudente, um evento alusivo à luta antimanicomial: “Cuidar fora da caixa”.


De acordo com a Supervisora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Ediléia Paula Squizatto, o evento tem como objetivo proporcionar reflexão sobre o cuidado diário à pessoa em sofrimento mental nos territórios, aprimorando as competências de cuidado em saúde mental.


Na abertura, a Supervisora agradeceu a presença de todos das equipes da Supervisão, aos Caps e equipes de atenção básica, neste momento de aprendizado e de reflexão sobre “o movimento social que se caracteriza pela luta de garantia de direitos, combate ao preconceito e ao isolamento de pessoas em sofrimento mental”.

 

A representante do DRS-11, Márcia Bissoli, falou sobre a importância deste encontro para proporcionar uma reflexão sobre o tema, que neste ano está completando 10 anos do início deste processo de ‘desinstitucionalização psiquiátrica’ e de transição do modelo caracterizado pelos cuidados em hospitais para um novo modelo de cuidado..

 

Na Inova estiveram presentes, a representante da Sesau, Danielle Araujo Borsari; além da participação da Coordenadora da Comissão Gestora da Subsede de Assis, colaboradora da Comissão de Ética, Orientação e Fiscalização do CRP/SP, membro da Subcomissão Estadual de Autismo do CRP/SP, Patrícia Rodrigues Silva.

Após a abertura, o psicólogo Rhuan Felipe Sales e o enfermeiro Alexander Garcia de Araujo Ramalho palestraram sobre assuntos relacionados à saúde mental.


 

 

- Reforma Psiquiátrica “Lei Paulo Delgado” - Lei 10.216/2001:

 

O Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou na década de 70 e resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, nomeada como “Lei Paulo Delgado”, que dispõe da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência.

Iniciou-se a desinstitucionalização de moradores dos hospitais, criando serviços de atenção psicossocial para cuidado e reinserção das pessoas em sofrimento mental nos territórios. Como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de Convivência, as Enfermarias de Saúde Mental em hospitais gerais, entre outros.

O novo modelo de atenção e cuidado em saúde mental implica em organizar serviços abertos, com a participação dos usuários e a formação de redes com outras politicas públicas, ampliando os desafios da saúde mental para além do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Secretaria de Comunicação