Para todos os cidadãos paulistas, o dia 9 de julho é reservado para reverenciar, solenemente, a memória de todos os combatentes de um dos episódios mais importantes da história do Estado de São Paulo: a Revolução Constitucionalista de 1932. Em Presidente Prudente, a data é marcada uma cerimônia aberta ao público em frente à Catedral Monsenhor Sarrion, no centro da cidade.

O prefeito Nelson Bugalho e o comandante do CPI-8, coronel Adilson Luís Franco Nassaro, representaram todas as autoridades civis e militares durante a cerimônia. Além de enaltecerem as conquistadas obtidas pelos revolucionários naquele tempo, como avanços na área trabalhista, o voto secreto e o direito das mulheres ao voto, o chefe do executivo buscou resgatar, em seu discurso, que a mensagem de luta deixada pelos ex-combatentes ainda tem muito valor.

“Hoje, não temos mais que pegar em armas para ir em busca de país mais digno e justo, mas sim pegar em lápis, canetas, livros, e revolucionar novamente o Brasil, agora pelo poder transformador da educação”, declarou Bugalho.

Nomes sempre presentes no cotidiano do prudentino, como tenente Nicolau Maffei, Sargento Firmino Leão, tenente Cassemiro Dias e coronel Miguel Brizola de Oliveira, foram novamente homenageados na cerimônia de 9 de julho. Eles, que emprestam seu nome a importantes vias e prédios da cidade, estão entre os 1.200 militares e civis prudentinos enviados ao campo de batalha para defender os ideais paulistas.

Hoje, já não há mais ex-combatentes vivos em Prudente, e restam apenas cinco em todo o Estado. No entanto, a cerimônia continua atraindo cententas de pessoas à avenida Coronel José Soares Marcondes para manter viva a história de 86 anos atrás. Entre eles, estavam atiradores do Tiro de Guerra, oficiais do 18° Batalhão de Polícia Militar do Interior (18º BPM/I), vereadores da 17ª Legislatura, membros de três grupos de Escoteiros de Presidente Prudente, da Ordem Demolay, do Lions Club Internacional e de diversas outras instituições.

Desfile e homenagens

A solenidade de 9 de Julho é também o momento escolhido pela Polícia Militar para prestar homenagens àqueles oficiais que se destacaram no exercício de sua função ou com ela contribuíram. Personalidades civis também foram outorgados com honrarias semelhantes, como o jornalista Altino Correa, laureado com o diploma “Aldo Chioratto”, pelos “relevantes serviços prestados à sociedade. Correa tem 86 anos de idade e mais de seis décadas dedicadas ao jornalismo.

“A cobertura das homenagens aos ex-combatentes da revolução estão entre as memórias mais queridas de toda a minha carreira. Não me considero merecedor de uma homenagem desse porte, mas é uma honra inestimável ser lembrado com tanto carinho”, disse.

O tradicional desfile militar encerrou a cerimônia. Passaram pela avenida as viaturas de radiopatrulhamento, policiamento escolar, Força Tática, Base Comunitária Móvel, policiamento rodoviário e ambiental, além da corporação de bombeiros, grupos de Escoteiros, as bandeiras nacional, paulista e do município e a cavalaria do 18º BPM/I.