O Ciclo de Palestras “ Cem Anos de Prudente – Sem Dengue”, realizado na noite da última terça-feira (9) no Centro Cultural Matarazzo, reuniu cerca de 30 participantes, entre autoridades, presidentes das associações de moradores de bairro, vereadores, representantes do poder judiciário, profissionais ligados à área de saúde pública do município e representantes de entidades defensoras de animais.

O chefe de gabinete Feiz Abbud representou o prefeito Nelson Bugalho no evento.

O secretário de saúde municipal de saúde, Valmir da Silva Pinto, o presidente do Comitê de Combate à Dengue e Leishmaniose, Carlos Rocha Santa,o Kal, e o promotor de Justiça da Saúde, Mário Coimbra, participaram do evento, que tem o objetivo de conscientizar e preparar os moradores de Presidente Prudente para conter a proliferação do Aedes aegypti.

A reunião contou ainda com a participação dos vereadores Anderson Dias da Silva (PSB) e Wellington de Souza Neves (PSDB).

Entre os palestrantes convidados, estavam as representantes do Instituto Adolfo Lutz, a diretora técnica de ciências biomédicas, Esperdina Silva de Paula Foltran, a pesquisadora cientista, Lourdes Aparecida Zampiere D’ Andrea e a diretora técnica Marisa Menezes Romão, do Centro de Laboratório da região de Presidente Prudente.

Participaram ainda Jorge Yochinobu Chihara, diretor técnico do DRS-11 ( Departamento Regional de Saúde), José Wilson Zangirolami, médico infectologista do Grupo de Vigilância Epidemiológica, a professora doutora Adriana Falco de Brito, da faculdade de medicina veterinária da Unoeste e Raul Borges Guimarães, professor doutor da Unesp de Presidente Prudente.

Segundo o infectologista Zangirolami, o comportamento da infestação do mosquito Aedes aegypti depende de vários fatores , entre eles do clima, e lembrou que os sintomas da dengue, febre amarela e febre Chikungunya são semelhantes.

O médico informou que o avanço da infestação de dengue ocorre no mundo todo. “Anualmente são 100 milhões de casos e 500 mil casos de febre hemorrágica com letalidade que varia de 1 a 20% do total de infectados”, disse.

Para o médico o controle da infestação está na mobilização de toda a sociedade e principalmente dos agentes públicos. “ Um bom gestor de saúde consegue salvar mais vidas do que um batalhão de médicos”, disse.

Segundo o secretário municipal de saúde, os quatro primeiros meses de 2017 sinalizam para uma redução significativa de casos quando comparado aos 12 meses de 2016. “O pico da infestação ocorre no mês de abril. Este ano registramos 9 casos de dengue até o fim do mês de abril e nenhum óbito. No ano passado foram 13.073 casos de dengue e 28 mortes”, comparou o secretário.

Ele explica que até agora o município registrou um caso de leishimaniose humana e 72 casos em animais. “Estamos firmes no trabalho de prevenção, realizando visitas às casas e enfatizando a prevenção. Para que tenhamos sucesso é preciso que toda a sociedade civil se mobilize,” afirmou.

O promotor Mário Coimbra também enfatizou a importância da mobilização constante de toda a sociedade. “Precisamos ter um fórum permanente porque a prevenção da dengue, Leishmaniose e Chikungunya não é só obrigação do Estado, e sim de toda a sociedade civil. Estas discussões precisam ser realizadas porque o combate não é vertical e sim horizontal, ou seja, toda a sociedade tem que se envolver para combater a doença”, disse.

Segundo o coordenador do evento, o encontro atingiu os objetivos. “Foi excelente, pretendemos levar esta discussão a toda a sociedade e cada vez mobilizar mais pessoas nesta luta”, afirmou Kal.