Chega ao último dia o 1º Seminário Municipal do Programa Saúde na Escola (PSE) e simultaneamente o 4º Seminário do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas: atitude para curtir a vida, no Centro de Formação Permanente dos Profissionais da Educação (Ceforppe). Professores da Rede Municipal de Educação e profissionais da secretaria de Assistência Social estiveram presentes durante todo o dia para participar de cursos e oficinas.

A professora doutora Jimena Furlani, da Universidade do Estado de Santa Catarina ministrou curso com o tema: “Educação Sexual na sala de aula: Relações de Gênero, orientação sexual e igualdade étnico-racial numa proposta de respeito às diferenças”. A professora é autora de livro homônimo, onde a Secretaria Municipal de Educação adquiriu 50 exemplares a serem distribuídos às unidades escolares de ensino fundamental.

Lançado pela Autêntica Editora, o livro organiza diferentes teorias e práticas pedagógicas acerca da educação sexual, observadas no Brasil, oferecendo perspectivas e possibilidades didáticas para profissionais da educação. Também visa refletir sobre comportamentos machistas, sexistas e homofóbicos presentes no ambiente escolar.

Jimena relata que devemos compreender a sexualidade como algo inerente ao ser humano. “Suas manifestações ocorrem em todas fases da vida. Nesse sentido, não há como reprimir ou negar as suas manifestações na escola, daí a importância da Educação Sexual na escola como elemento imprescindível para o desenvolvimento integral das crianças, ou seja, educar sem reprimir a sua sexualidade. Entre as razões que motivam a inclusão da educação sexual no currículo escolar estão os temas: a preocupação com a iniciação sexual, a gravidez na adolescência e o HIV, o que impossibilita tratar do assunto apenas com o viés biológico, pois os desafios contemporâneos são sociais, culturais e até mesmo políticos”, aponta.

A educadora de saúde da Seduc, Selma Freitas Martin, considera de fundamental importância que o trabalho docente esteja pautado em estudos sobre a sexualidade. “Haja vista a necessidade de questionar, dialogar e compreender os elementos culturais, sociais e históricos que constituem esse aspecto da vida humana. A sexualidade perpassa todos eles. Saliento a importância da formação continuada em eventos como este seminário em torno da educação sexual, devido à complexidade e amplitude da temática em questão”, analisa.

Presente no curso, a professora Jaqueline Macedo explica que a escola, querendo ou não, lida cotidianamente com a sexualidade. “Mais do que reduzir a sexualidade ao conceito biológico, nós professores devemos ter a intenção de colaborar, pois não podemos negar aos nossos alunos, informações e respostas às suas perguntas, até porque a escola é local de conhecimento. Muitos de nós temos dificuldades em abordar esse tema e esse impasse que temos faz parte de nós, de nossa vivência. Momentos como estes são importantes para que possamos trabalhar a sexualidade de forma adequada, derrubando mitos e tabus”, encerra. (Por Samanta Cardoso - MTB 37.496)

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação