Mês que leva a cor roxa visa conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce da doença

No último domingo deste mês, é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase. Entretanto, o mês é chamado de Janeiro Roxo, a fim de promover ações que conscientizem a população e os profissionais de saúde sobre os primeiros sinais e sintomas da doença.

Em Presidente Prudente, a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) informa que organizou kits para divulgar os sinais e sintomas das doenças. Os mesmos foram enviados para todas as unidades de saúde do município, bem como às igrejas.

Agora, o órgão informa que abordará também clínicas e profissionais de fisioterapia, estética, massoterapia, entre outras especialidades que têm contato direto com o paciente.

Para esses profissionais, a VEM solicitará que caso identifiquem manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, encaminhem a pessoa à UBS (Unidade Básica de Saúde) ou ao CS1 (Centro de Saúde 1), conhecido popularmente como Palácio da Saúde, onde há o Ambulatório de Dermatologia.

“Muitas vezes o paciente tenta ir a um especialista, mas é uma doença difícil de diagnosticar, principalmente pelo fato de os sinais e sintomas demorarem a aparecer, já que o bacilo de Hansen ataca primeiro o nervo, que é quando a pessoa começa a ter dormência no local”, explica Elaine Bertacco, supervisora da VEM.

Ela ressalta que o tratamento é totalmente gratuito e só é feito na Rede Pública, ou seja, sem custo ao paciente. “A partir do momento em que a pessoa iniciou o uso da medicação, ela cessa a transmissão. Pelo fato de ser uma doença transmissível pelas vias respiratórias, os comunicantes também terão de ser avaliados, pois terão de receber vacina e/ou medicação, caso tenham contraído a doença. O diagnóstico precoce e sua intervenção com o tratamento adequado é fundamental para descontinuidade da transmissão da doença”.

A VEM informa que em 2019 foram registrados sete novos casos da doença e dois recidivos. Em 2018, foram seis novos e três recidivos. “Acreditamos que tenha mais casos, mas devido ao preconceito com a doença, eles não são diagnosticados. O preconceito sempre foi e será pior que a doença, porque além de doer muito mais, inibe a descoberta, o tratamento correto e aumenta o sofrimento”, pontua, lembrando que o Brasil é o segundo país que mais registra casos de hanseníase, atrás apenas da Índia.

Fonte: Secretaria de Comunicação