O Governo Municipal, por meio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), confirma nesta quinta-feira (21/03) 54 novos casos de LVC (Leishmaniose Visceral Canina). Destes, quatro casos foram notificados por clínicas veterinárias do município, e os outros 50 pelo órgão. Somado aos já divulgados, Presidente Prudente registra agora 70 catalogações.

O CCZ divulga ainda que já foram realizados 3.333 exames em cães. Informa também que até o momento não há registro de LVA (Leishmaniose Visceral Americana) em humano. Em relação aos casos caninos, o bairro mais acometido é o Residencial Monte Carlo, com 11 catalogações positivas, seguido pelo Residencial São Paulo, com nove, e o Anita Tiezzi, com seis. Os demais seguem espalhados por diferentes bairros da cidade.

Segundo o responsável pelo CCZ, o médico veterinário João Henrique Artero de Carvalho Leite, todos os proprietários de cães com leishmaniose foram comunicados do diagnóstico e receberam orientações sobre a doença, forma de transmissão e medidas de prevenção. “A leishmaniose é uma doença grave, transmitida pela picada do mosquito Palha, e pode levar à morte de pessoas e animais. No cão, a doença causa emagrecimento, fraqueza, queda de pelo, crescimento exagerado das unhas, feridas no focinho, nas orelhas e ao redor dos olhos, além de problemas de pele diversos”, explica..

Ele orienta ainda que muitos animais sadios podem estar infectados, sendo os portadores assintomáticos. “Os cães, nesta fase, mesmo sem qualquer alteração clínica, ao serem picados pelo mosquito palha mantêm a doença circulando em nossa cidade. Assim, é altamente recomendado que cães sadios realizem o exame, no mínimo, a cada seis meses. O CCZ realiza o exame de forma gratuita”, pontua.

Quanto à prevenção da doença, “as larvas do mosquito se criam em locais sombrios, com vegetação e acúmulo de matéria orgânica em decomposição, como nas situações de acúmulo de folhas e frutos caídos, além de fezes de animais”. Dessa forma, o CCZ orienta que os proprietários realizam a limpeza rotineira do quintal e a poda regular das arvores. “Uma medida adicional é utilizar no cão a coleira repelente [a base de Deltametrina a 4%], pois ela é capaz de afastar os insetos transmissores”, ressalta, acrescenta que mais informações sobre as condições de uso das coleiras podem ser obtidas no CCZ ou com o médico veterinário responsável pelo animal.

Fonte: Secretaria de Comunicação