Com a implantação de cerca de 43.500 chips em cães, o que representa 87% da população canina estimada em Presidente Prudente, que fica em torno de 50 mil animais, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) dá início a uma nova etapa do Programa ‘Posse Responsável’. É que a partir de agosto, o órgão começará a recolher os cachorros que forem encontrados na rua.

Dessa forma, o animal será identificado através do chip e o proprietário do mesmo será notificado. “Estamos iniciando o serviço de comunicação à população para que o munícipe mantenha os cães dentro da residência. Na primeira vez, o proprietário será apenas notificado, já na reincidência, ele receberá autuação de 10 UFMs [Unidades Fiscais do Município – o que contabiliza R$ 32,36], além de ter que arcar com a taxa de apreensão, que é de 8 UFMs [R$ 25,89], e a taxa de permanência no CCZ, que é de 2 UFMs ao dia [R$ 6,47]”, explica Célio Nereu Soares, médico veterinário responsável pelo órgão.

O coordenador do CCZ diz ainda que em uma terceira vez que o animal for encontrado na rua e recolhido pelo órgão, o dono poderá sofrer autuação de 100 UFMs, o que equivale a R$ 323,64, além das taxas de apreensão e permanência no órgão. “Mais que isso, o caso poderá ser encaminhado à Promotoria para que a mesma tome as medidas judiciais cabíveis, uma vez que isso configura maus tratos e abandono do animal”, detalha.

De acordo com Soares, a implantação do Programa ‘Posse Responsável’ dá-se pelo fato de que todo animal deve ter alojamento, ou seja, os donos devem mantê-los dentro da residência, incluindo alimentação e boas condições de higiene e saúde. “Caso o animal não tenha identificação [o chip], ele será recolhido ao CCZ e encaminhado ao sistema de adoção”, pontua.

Por fim, o coordenador do CCZ ressalta que a intenção da implantação do ‘Posse Responsável’ é diminuir atropelamentos, agressões a carteiros e a motociclistas, além de acidentes de mordedura a transeuntes e principalmente para evitar que os animais se contaminem com doenças nas ruas e transmitam para os donos, como leishmaniose, sarna, verminose, entre outras. “Muitas vezes a população pode não entender, mas ela tem que saber que tem responsabilidade perante o animal”, conclui.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação