Teve início hoje (13/07) e prossegue até amanhã (14/07), o segundo módulo do Curso de formação ‘Vigilância em saúde de base territorial integrada e participativa’, no Auditório do Sest/Senat , organizado pelo Cerest/PP - Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Regional de Presidente Prudente-SP.

De acordo com a coordenadora do Cerest, Meire Aparecida Judai Barretto, o curso teve início no mês passado em Teodoro Sampaio com visitas realizadas em assentamentos na região do pontal. Trata-se de um projeto piloto, voltado à saúde do trabalhador e que objetiva , capacitar trabalhadores de saúde da rede SUS com foco nas populações do campo sob risco ou expostas a agrotóxicos, junto aos municípios de abrangência do Cerest. Os municípios envolvidos são: Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Teodoro Sampaio, Mirante do Paranapanema, Euclides da Cunha Paulista, Presidente Epitácio, Rosana e Marabá Paulista .

“Especificamente, os objetivos são fortalecer a concepção de vigilância em saúde fundamentada nos princípios do SUS, favorecendo a articulação e a troca de experiências entre trabalhadores da saúde e comunidade local acerca do entendimento e da intervenção no território de populações expostas a agrotóxicos e o quanto isso prejudica o meio ambiente. Nesses dois dias serão aprofundadas a análise da situação de saúde em assentamentos rurais na Rede Regional de Atenção à Saúde de Presidente Prudente, envolvendo a rede de pesquisa estimulada pelo Cerest, possibilitando assim, o intercâmbio técnico-científico com outros grupos e instituições que estudam o tema”, resumiu.

Fez a abertura oficial dos trabalhos, o Coordenador Geral de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Dr Jorge Mesquita Machado, que explicou que os encontros servem para implementar ações voltadas às populações do campo, das águas e da floresta, reforçando a necessidade de redução das vulnerabilidades em saúde entre essas populações, implementando essa política pública de atenção integral. “Além disso, deve-se organizar ações intersetoriais para promover reduzir os acidentes e agravos relacionados aos processos de trabalho no campo, decorrentes do uso de agrotóxicos nos grupos de assentados da região”, destacou.

O público presente, formado por técnicos de atenção básica, agentes comunitários de saúde, alunos do curso de especialização em Segurança do Trabalho da Fiocruz, estudantes da Unesp e líderes comunitários dos assentamentos, foi dividido em dois grupos para realizar um balanço da observação dos dois assentamentos para levantar propostas de ação.

O curso tem continuidade amanhã (14/07) das 8h30 às 17h no mesmo local.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação