É divulgado nesta sexta-feira (09/11), pela Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), o resultado do novo Levantamento do Índice Rápido de Infestação (Lira), realizado durante o mês de outubro por agentes de combate a endemias e funcionários da equipe pólo da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). De acordo com a educadora de saúde, Elaine Bertacco, desta vez a avaliação apontou, em Presidente Prudente, Índice Breteau (IB) de 1,4, e Índice de Infestação Predial (IPP) de 1,2. Embora ambos estejam dentro da margem que preconiza o Ministério da Saúde, que considera entre 1 e 2 tolerável, e sejam inferiores aos últimos dois levantamentos – janeiro (quando o IB foi de 5,4 e o IIP de 4,3) e julho (IB de 3,4 e IIP de 2,5) –, a educadora diz que não há motivos para comemorar. Isso porque casos continuam surgindo. Nesta semana, por exemplo, mais quatro novos foram registrados, elevando para 211 o total catalogado desde o início do ano.

O Lira ocorre anualmente em todo o País. No mês passado, foram vistoriados em Prudente 4.499 imóveis das sete áreas de incumbência da VEM, sendo que o resultado é apontado através do número de casas onde foram encontrados os recipientes com larvas. “O município está de parabéns? Não, não está. Mesmo porque até então tínhamos 207 casos. Agora, os 211 atuais nos preocupa porque está bem acima do total registrado em 2011, quando foram catalogados 183”, lembra ela, acrescentando que do resultado da pesquisa que é feita por amostragem, à pasta irá direcionar suas ações visando combater à dengue antes mesmo do próximo verão.

“Mas não basta apenas somente nós trabalharmos. A gente pede para que a dona de casa faça sua parte também e nos ajude no combate ao mosquito. É importante que pelo menos uma vez na semana o morador reserve entre cinco e 10 minutinhos de sua rotina, de modo a eliminar do quintal possíveis criadouros que já não tem serventia nenhuma, a exemplo de baldes deteriorados, garrafas e latas velhas. Porque esse apelo? Porque as chuvas que antecipam o verão já começaram. Então nos recipientes onde é armazenada água, certamente os ‘ovinhos’ depositados ali vão eclodirem nos próximos dias. Com isso, novas larvas vão se desenvolver e os mosquitos continuarão existindo”, explica.

Durante as visitas do Lira, revela Bertacco, os agentes detectaram que os pratos de plantas ainda continuam sendo os grandes vilões ao armazenarem mais larvas do mosquito da dengue. De acordo com a educadora, dos 2.544 recipientes do tipo vistoriados, 593 deles tinham larva. Em segundo lugar na classificação, a grande concentração de densidade larvária foi encontrada em garrafas retornáveis. Das 2.350 vistoriadas, em 693 delas foram encontradas larvas. Em terceiro lugar, vieram objetos diversos, como latas, plásticos, frascos, entre outros recipientes armazenados em quintais e que podem servir de criadouros. Dos 2.412 existentes, 672 tinham larvas.

O Levantamento do Índice Rápido de Infestação envolveu, ao todo, cerca de 30 funcionários que percorreram as sete áreas, atingindo quase todos os bairros do município. Conforme a educadora, a área 5, formada por bairros como o Centro, Bosque, Vila Machadinho, Jardim Paulista, Parque São Judas e adjacências, foi apontada como a que registrou o maior IB, de 2,0. O IIP ficou em 1,2. Já a área 1, que compreende o Conjunto Habitacional Ana Jacinta, Jardim Everest, Villa Real, Parque Shiraiva, Alto da Boa Vista, condomínios Damha, entre outros, apresentou os menores índices: IB de 0,3 e IIP de 0,3.

“Se analisarmos, vamos notar um contraste, já que os índices mais elevados foram detectados justamente no setor onde existem poucos casos. A área 2 que compreende bairros como a Cohab, Cecap e Santa Elisa, e onde estão concentrados a maior quantidade de casos neste ano, teve IB de 0,7 e IPP de 0,7”, observa.

Dengue – Além do Lira, Bertacco também divulgou nesta manhã mais quatro casos de dengue. As vítimas são três mulheres e um homem. Uma das melhores tem 52 anos e mora na Cohab. A outra, de 31 anos, reside no Jardim Belo Horizonte. A terceira tem 40 anos e mora no Jardim Aviação. Já o único homem acometido pela doença nessa leva tem 33 anos e residente no Ana Jacinta.

“As nossas equipes de bloqueio já estão atuando num raio de dez quadras onde moram essas pessoas, fazendo nesses locais o trabalho de conscientização. Mas o que precisa ficar claro mesmo, principalmente para àquelas pessoas que estão indo viajar para cidades da região consideradas instâncias turísticas e onde têm se registrado número elevado de casos, é o fato de que elas precisam se atentar. Principalmente se sentirem sintomas do tipo febre, dor de cabeça e diarréia. Enfim, cada organismo reage de uma maneira, então a orientação é que se a pessoa apresentar alguns deles, que procure uma assistência médica imediatamente”, encerra.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação