Neste sábado, dia 19 de novembro, é comemorado o Dia do Empreendedorismo Feminino, uma data que celebra e incentiva o protagonismo de mulheres à frente de pequenos negócios. A data foi criada em 2014 pela Organização das Nações Unidas em uma iniciativa liderada pela ONU Mulheres, que ficou a cargo de reunir mais de 150 países, empresas e instituições em busca de apoio a esse público e contra a desigualdade salarial no ambiente corporativo.

A SEDEPP - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, através da secretária titular da pasta, Ana Paula Atayde Setti, reuniu três empreendedoras da cidade na tarde da última quinta-feira com o intuito de, através delas, homenagear todas as empreendedoras de Presidente Prudente.

Para a Secretária, a data tem uma grande importância em nosso calendário, “Comemorar o empreendedorismo feminino é poder reafirmar que nós mulheres somos capazes e estamos na luta pelo reconhecimento do nosso trabalho e por iguais condições de concorrência no mercado atual seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo”, declarou Setti.

Na ocasião, a secretária convidou as empreendedoras Denise Chizzolini, Fernanda Almeida e Elizabete Zago para um café da tarde em prol de parabenizá-las pelo excelente trabalho à frente de seus projetos profissionais além de discutir sobre o papel das mulheres no empreendedorismo.

Para Denise Chizzolini, diretora e fundadora da “Tops da Dê”, o objetivo do seu negócio é instigar mulheres a valorizarem suas histórias e seus empreendimentos e se unirem em busca do crescimento em conjunto, “meu intuito é chama-las a reflexão com ações práticas de que juntas cresceremos mais e, consequentemente, seremos mais fortes”, finaliza Chizzolini.

A empreendedora Fernanda Almeida, formada em panificação e sócia da empresa “Pão Nosso”, a força da mulher vai além do que a maioria delas imaginam “nós mulheres somos fortes por natureza e além da força física temos um emocional preparado para nos fazer enfrentar qualquer obstáculo com garra e a sensibilidade necessária”, declarou Almeida.

Já a doceira Elizabete Zago diz que o grande desafio da mulher é primeiramente acreditar em si, “por muitas vezes, achamos que não somos capazes de empreender e assumir um papel protagonista numa relação profissional. Por isso, o ponta-pé inicial deve ser acreditar no seu potencial e lutar pra ser autora de sua própria história”, enfatiza Zago.

No Brasil, o contingente de mulheres empreendedoras endossa a importância do dia comemorativo. Elas são mais de 30 milhões, em um universo de 52 milhões de empreendedores, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, feita em parceria com o Sebrae.

A busca por equidade de gênero e equiparação salarial faz parte de uma longa jornada na trajetória profissional de mulheres em todo o mundo. Segundo o Fórum Econômico Mundial (FMI), serão necessários 136 anos para que a igualdade entre homens e mulheres seja alcançada globalmente.

Diante disso, o Dia do Empreendedorismo Feminino celebra as mulheres empresárias e fomenta o debate em prol de ações que eliminem de vez barreiras e incentivem mulheres a alcançar a independência na liderança de empresas.

Além da motivação para a criação da data, é possível entender a relevância do empreendedorismo feminino, especialmente no Brasil, a partir de cinco dados:

1. Elas são (quase) maioria

Segundo dados Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), o Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo. Dos 52 milhões de empreendedores no país, 30 milhões (48%) são mulheres.

Já entre os microempreendedores individuais (MEI), as mulheres representam 48% do total. A preferência delas é pelos segmentos de beleza, moda e alimentação.

2. Busca por flexibilidade

O sonho das mulheres por trás de empreendimentos no Brasil pode ser traduzido em algumas palavras. Duas delas são independência e flexibilidade. Diferentes dos homens, que buscam em grande parte empreender para obter renda extra, as mulheres abrem empresas em busca de liberdade financeira e tempo. A possibilidade de conciliar o empreendimento com a família e dificuldades de se estabelecerem no mercado de trabalho de forma mais frequente são duas das principais motivações para isso.

3. Pandemia trouxe nova leva

A pandemia despertou uma nova leva de empreendedoras no país. Dados da RME mostram que o número de empresárias aumentou 40% no último ano. De todas as donas de pequenos e médios negócios do país, cerca de 26% abriram suas empresas já durante a pandemia.

4. Mulheres inovam mais

Apesar de ter afetado todos os negócios brasileiros, a pandemia do coronavírus despertou reações mais rápidas em empreendimentos liderados por mulheres. Uma pesquisa do Sebrae com a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que as empreendedoras foram mais ágeis na hora de implementar inovações em seus negócios e digitalizar as operações. Cerca de 71% delas usam redes sociais, aplicativos e a internet para vender seus produtos e serviços, frente a 63% dos homens. E 11% das empreendedoras disseram ter inovado em seus negócios durante a crise, enquanto somente 7% dos homens declararam ter olhado para esse quesito.

5. Mulheres empregam mais mulheres

Cerca de 73% dos empreendimentos liderados por mulheres no Brasil são majoritariamente femininos, contra apenas 21% dos empreendimentos liderados por homens. Já em relação à sociedade, das mulheres donas de negócio próprio com sócios, 44% têm apenas mulheres como sócias.

Diante de todas essas informações, a grande pergunta é por que falar de empreendedorismo feminino?

Além de representarem parte relevante do contingente empreendedor do país, as mulheres ainda buscam espaço no mercado para debater impacto e equidade. A pandemia e o desemprego, porém, criaram barreiras para que esse diálogo seja facilitado. As mulheres brasileiras foram, entre todas as empreendedoras do mundo, as mais prejudicadas com os impactos econômicos causados pela pandemia de covid-19. Diante desse cenário, falar sobre empreendedorismo feminino é, antes de mais nada, uma questão de desenvolvimento econômico em um país imerso em incertezas políticas e sociais.

Por acreditar no empreendedorismo, a Prefeitura de Presidente Prudente, através da SEDEPP, desenvolve políticas e mecanismos de apoio aos atuais e futuros empreendedores com atendimento personalizado, orientação fiscal, abertura de empresas com a supervisão do Sebrae e intermediação na concessão de crédito a juros baixos na parceria com o Banco do Povo Paulista tanto para essas mulheres, como para todos aqueles que querem empreender no município.

Serviço: A SEDEPP – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico fica localizada à Rua Marrey Jr, 250, no bairro Jardim Bongiovani e atende de segunda à sexta das 8 às 17h. Mais informações pelo telefone (18) 3918-4200.


Fonte: Secretaria de Comunicação