O atleta Prudentino Gabriel Luiz Boza, da equipe (Apa/Semepp) de Prudente repetiu a sua melhor marca da temporada no salto em distância - 7,90 m (0.2), na sexta e última tentativa - e ficou com a medalha de bronze do Campeonato Mundial de Atletismo Sub-20 de Cáli, Colômbia, nesta terça-feira (2/8), no Estádio Olímpico Pascual Guerrero.

Pediu palmas e depois do salto foi até a arquibancada fez uma reverência e mandou beijo para os atletas brasileiros que torceram pela medalha na competição mais importante do ano para a sua categoria. Na mesma jornada, o público assistiu ao recorde mundial dos 100 m sub-20, batido por Letsile Tebogo, de Botswana, com 9.91 (0.8).

O francês Erwan Konate confirmou favoritismo e levou o puro no salto em distância, com 8,08 (0.4), seguido do cubano Alejandro Parada , com 7,91 m (0.1). A premiação dos saltadores foi feita por Mike Powell, Embaixador da World Athletics, ainda o recordista mundial da prova (com 8,95 m, desde 1991).

Gabriel queimou o primeiro salto, saltou 7,72 m na segunda tentativa e voltou a queimar na terceira. Se qualificou, entre os oito que tiveram direito a mais três saltos, na sétima posição. Saltou 7,58 m, na quarta tentativa, mas errou o quinto salto (5,94 m). Precisou de muita conversa com o treinador Cremílson Julião Rodrigues, o Montanha, na beira da grade da arquibancada, controle emocional e eficiência técnica para ganhar a medalha no último salto.

"E eu estava me sentindo muito bem, com o coração pegando fogo, sabendo que ia sair uma medalha. Foi uma questão de ajuste. No quinto salto eu errei e o Montanha falou pra mim é o último salto, mas quem disse que a gente precisa de dois saltos para ganhar? A gente precisa de um único salto para ganhar. Eu coloquei isso na minha cabeça e antes de começar a corrida na marca eu senti, de verdade, que eu ia ser medalhista no Mundial e foi isso o que aconteceu. Eu vim, como se fosse o último salto da minha vida e veio a medalha", disse Gabriel Boza.

Foi quarto colocado no salto em distância no ano passado, em Nairóbi, no Quênia, com 7,83 m. Sua melhor marca é 8,04 m, recorde brasileiro e sul-americano sub-20, obtida no dia 4 de setembro de 2021, em Bragança Paulista (SP). Na temporada, saltou 7,90 m, no dia 1 de maio, em São Paulo. Gabriel nasceu em 7 de março de 2003 e começou no atletismo, já pelo salto em distância, nos Jogos Escolares, em sua cidade natal São José dos Pinhais, Paraná.

"Eu sou um garoto e ainda tenho muitas coisas para aprender, posso melhorar na técnica, na parte mental e física, mas é isso que eu quero levar para a minha vida. Sou um medalhista em Mundial e tenho certeza que essas coisas ainda vão melhorar e isso me deixa com a confiança lá em cima em voos mais altos. Com todos os defeitos e adversidades, eu sou um medalhista em Mundial."

Agora o seu objetivo passa a ser saltar acima dos 8 m e de sua melhor marca. "Tenho muito para melhorar. Dá para saltar muito longe. Tenho certeza de que 8,04 m, 8,10 m e 8,30 m ainda virão."

Gabriel disse que se inspira em Alison dos Santos, campeão mundial dos 400 m com barreiras. "Cada competição que ele vai, faz história. Foi bronze olímpico, foi campeão mundial, é tranquilo e focado. No atletismo, é minha inspiração.". O atleta está ansioso para falar com a mãe Jo e a namorada Raíssa e disse que foi apoiado por mensagens de confiança. "Ela me mandou mensagem e disse: 'Filho, nunca cobrei nada de você, mas tome posse da medalha'. E também minha namorada que falou: 'Curta, salte com prazer'. E o meu técnico também me falou coisas legais... e o Rogério Bispo (ex-saltador) que também me mandou mensagens que ajudaram." (Com Assessoria de Imprensa da CBAt).

 

Fonte: Secretaria de Comunicação